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Cinco fatos curiosos sobre o Vinho Tempranillo


Cepa espanhola de alta qualidade, exibe características nos vinhos da Rioja e de Ribera del Duero. Produz vinho tempranillo de médio a bem encorpado com taninos potentes e sabores de framboesa e condimentos. É uma das cepas tintas mais importantes no mundo do vinho.

Com 1.174.000 ha e uma produção de 38.173.000 hl, a Espanha produz 52% de vinhos tintos, 24% de vinhos brancos, 17% de vinhos rosés, 4,5% de espumantes ou na região conhecidos como caves e 2,5% de vinhos fortificados como o xérès; segundo a Organização Internacional de Vinhos (OIV), www.oiv.int/.

Com 237.000 ha e uma produção de 7,5 milhões de hl, Portugal produz 69% de vinhos tintos e rosés, e 31% de vinhos brancos; segundo a mesma OIV. Além disso, o país tem mais do que um terço das florestas de sobreiro – que fornece a cortiça para as rolhas – do mundo. Setenta por cento estão no Alentejo, a maior região produtora do material no planeta.

Primeiro fato

A uva tempranillo é considerada a mais prestigiosa das castas espanholas. Deve o seu nome às suas qualidades de maturação precoce, pois em espanhol temprano é a palavra que significa mais cedo. Ela é cultivada principalmente na Espanha, onde se tornou a principal variedade de uva tinta. É encontrada apenas em quantidades limitadas em outros países, como em Portugal e na Argentina sendo os únicos lugares onde é plantada extensivamente.

É uma variedade de uva chave dos poderosos e harmoniosos grandes vinhos espanhóis de Rioja e Ribera del Duero. Seu aroma lembra um pouco o Pinot Noir da Borgonha. Em Portugal, onde se chama tinta roriz ou aragonez, é uma das cinco variedades recomendadas na produção do vinho do Porto.

Se apenas uma variedade espanhola pudesse ser cultivada, seria a tempranillo. O porta-estandarte da produção nacional de vinho tempranillo, produz tintos escuros com uma estrutura tânica sustentada. Ao mesmo tempo, mostra frescor e alcança um equilíbrio suntuoso. É expresso ao máximo na denominação de Ribera del Duero, onde faz milagres. Tempranillo também é conhecida como tinta fina, cencible, tinto del país, tinto de toro, tinto Madrid, e assim por diante.

Você sabia que os rendimentos de vinhedos na Espanha estão entre os mais baixos do mundo? O rendimento médio é de apenas 1,4 ton por acre (25 hl/ha). Este valor é notavelmente baixo, especialmente quando comparado com o dos países vizinhos (4,2 ton por acre / 70 hl/ha em média na França). Pode ser atribuída à presença de vinhas muito antigas nas várias áreas de cultivo, bem como às rigorosas condições climáticas que tornam a vida bastante difícil para a vinha – mas para o benefício do vinho.

Segundo fato

O vinho tempranillo mais conhecido da Espanha provém da região de La Rioja, que possui desde 1991 a Denominação de Origem Qualificada (DOCa), grau especial acima de Denominação de Origem (DO) só conferido a vinhos de qualidade constante durante muitos anos. Nem todas as safras foram excelentes, mas, nas melhores, a qualidade foi excepcional.

O Rioja típico é feito há muitos anos de um corte de uvas das três sub-regiões. O caráter de cada produto depende do estilo do produtor. A combinação mais comum é 70% tempranillo para aportar frescor e fruta, 20% garnacha ou grenache para peso e álcool e 10% da mistura de cariñena pela cor e calor e de graciano pela fineza.

Recentemente, porém, os maiores produtores vêm tendendo a possuir vinhedos próprios e fazer até mesmo vinhos de um só vinhedo, uma propriedade e vinhos butique, que muitas vezes “experimentam” com cabernet sauvignon, merlot e até syrah.


Terceiro fato

O vinho tempranillo da região de Rioja é um tinto de médio corpo a bem encorpado e está inserido no grupo de vinhos tintos mais clássicos do mundo, que tem sobretudo estrutura firme e muito corpo. No Velho Mundo, os vinhos podem ter aromas e sabores muito expressivos quando jovens, mas após envelhecerem por um ou dois anos eles se abrem e revelam aromas de amora, ameixa e violeta.

Desenvolvem-se de forma similar na boca porque os taninos jovens e ásperos ficarão mais macios com o tempo. E a gama de sabores frutados incluirá especiarias, trufas e chocolate. Esses vinhos tintos pedem carvalho, que confere estrutura e um toque de baunilha. Casam perfeitamente com pratos à base de carnes.

Aliás, os espanhóis adoram vinhos que passam um período em barricas de carvalho para que ganhem complexidade e sabores distintos.


Quarto fato

A Classificação vinícola espanhola foi reformulada e tornou-se mais rígida com 4 categorias de qualidade: DO Pago, DOCa, DO, VCIG, e duas de categorias de locais: VdlT e VdM. Vamos conhecer cada uma delas em seguida.

Denominação de Origem de Pago (DO Pago) é uma pequena categoria reservada aos melhores vinhos de propriedades individuais com histórico de qualidade. Equivalente ao “Cru” francês.

Denominação de Origem Qualificada (DOCa) é usada para vinhos de alta qualidade constante que conseguiram manter o padrão há pelo menos 10 anos. Hoje só existem três regiões com essas características: Rioja, Priorat e Cava.

Denominação de Origem (DO) equivale à francesa AOC (Denominação de Origem Controlada) que indica vinhos de uma região feitos de acordo com as leis locais. A qualidade pode variar, mas o estilo deve representar sua região. Recebe o controle de um conselho regulador e de um comitê independente.

Vinho de Qualidade com Indicação Geográfica (VCIG) é aplicada aos vinhos de bom desempenho que querem ser promovidos para o VdIT (Vino de la Tierra) similar aos franceses VDQS (Vinho Delimitado de Qualidade Superior).

Vinho da Terra (VdlT) são vinhos regionais semelhantes aos vins de pays franceses, mas menos regulados que os DOs e VCIGs e oriundos de áreas menos vastas.

Vinho de Mesa (VdM) são vinhos mais simples que não podem de acordo com a lei europeia indicar no rótulo a cepa, a safra e nem a origem regional.

Vinho tinto é um dos mais consumidos porque 55% dos vinhedos são de uvas tintas e a tempranillo é a quinta uva mais plantada no mundo


Quinto fato

Agora vamos conhecer a legislação vinícola de Portugal, pois o vinho tempranillo conhecido como tinta roriz ou aragonez também é muito apreciado. Lá temos o DOC, IPR, VR, VM. Quer saber o que representa cada uma?

Denominação de Origem Controlada (DOC), como a francesa AOC e a espanhola DO, é a mais importarte no país da península ibérica. Os vinhos têm de ser elaborados em áreas designadas e produzidos de acordo com a regulamentação local.

Indicação de Proveniência Regulamentada (IPR) como o nome diz regula a categoria de vinhos com potencial para adquirir o status DOC.

Vinho Regional (VR) são produzidos em área ampla, mas legalmente definida. Equivalente à vin de pays francesa e vinho da terra espanhol, que permite a mistura de vinhos de uma área extensa e é muito flexível nas uvas de cepas autorizadas. No sul, muitos produtores preferem usar essa nomenclatura.

Vinho de mesa (VM) determinam a produção de vinhos mais comuns como denominado em terras espanholas.



Seleção exclusiva

A Wine Lovers tem uma série de vinho tempranillo para sua escolha, da Espanha e de Portugal. Conheça alguns exemplares que podem ser adquiridos no conforto da sua casa através da nossa loja virtual.

Da Bodegas Bleda, localizada na Espanha, na região de Murcia-Jumilla, temos o vinho tinto Castillo de Jumilla que contém 50% tempranillo 50% monastrell. De colheita manual, fermentação em cubas de inox, aroma de frutos maduros com notas de alcaçuz. Na boca é saboroso e equilibrado, com acidez moderada e taninos animados. Final elegante e persistente. Harmoniza com todos os tipos de carnes brancas e vermelhas tanto grelhadas como assadas, carnes de caça, tais como coelho, perdiz, pombo e queijos semi-curados.

Da Bodegas Bocopa, vinícola espanhola, da região de Alicante, possuímos o vinho tinto Alcanta Crianza com 60% tempranillo 40% monastrell. De colheita manual, maceração e fermentação em tanques de aço inoxidável. Estágio de 12 meses em barris de carvalho e mais 12 meses de descanso na garrafa. Aromas de fruta negra madura combinado com tons elegantes de nozes torradas finas, baunilha e especiarias. Na boca é encorpado, longo e equilibrado, com um toque amadeirado. Ideal para acompanhar carnes, embutidos, queijos e risotos.

Da Bodegas Peñafiel, localizada na região espanhola de Rueda e Ribera del Duero – Milha de Ouro, trazemos o vinho tinto Privilegio de Langdar Cosecha com 100% tempranillo. De colheita manual, maceração a frio e fermentação malolática. Durante 20 dias permanece em repouso junto às borras realizando uma suave bâttonage (quando o depósito de leveduras que resta após a fermentação pode ser misturado ao vinho para estimular sabores adicionais). De cor vermelho intenso com toques violáceos, limpo, muito vívido e brilhante. No nariz muito fresco, dominado por aromas intensos, típicos da variedade tempranillo como frutas vermelhas e toques leves de groselha. Na boca é equilibrado, redondo, com toques de geleia e muito macio. Combina bem com guisado, veado assado, legumes, carne vermelha, carnes grelhadas e queijos envelhecidos.


Da Tobelos Bodegas y Viñedos, da Espanha, mais precisamente da região de La Rioja, trouxemos o vinho tinto Tahón de Tobelos Reserva com 100% tempranillo. De colheita manual, desengace 100%, fermentação malolática realizada em barris novos. Estágio de 13 meses em uma rigorosa seleção de barris de carvalho de diferentes origens: francês, americano e húngaro. Trasfega (drenagem do vinho ou bombeamento para um recipiente limpo, onde o amadurecimento continua sem o contato com os sedimentos no líquido que costuma dar sabores indesejáveis) a cada 4 meses. De cor vermelho cereja granada. Aroma complexo no nariz, intenso, pequenos frutos silvestres com toques balsâmicos e minerais. Na boca tem boa estrutura, saboroso, vivo, taninos frescos e final picante. Longa e elegante persistência, com sensações de frutas vermelhas maduras. Harmoniza com carnes de caça, carnes vermelhas, peixes assados e queijos semi-curados.

De Portugal, região de Alentejo, temos da vinícola Espaço Rural, o vinho orgânico Bojador Rosé com as uvas touriga nacional e aragonez (tempranillo). De colheita manual, fermentação em pequenas cubas de aço inox a uma temperatura controlada de 14o C durante 17 dias. De cor salmão pálida. Mineralidade e notas de fruta vermelha. Bom volume de boca e frescura pronunciada. Acompanha pratos à base de frutos do mar, carnes grelhadas e canapés.

Outra vinícola portuguesa, região de Trás os Montes, a Quinta de Arcossó, possui o vinho tinto Arcossó Padrão dos Povos com 40% tinta roriz (tempranillo), 40% tinta amarela e 20% touriga nacional. De colheita manual, estagiou durante 30 meses em cubas de aço inox e permaneceu em estágio de cave por mais 6 meses. De cor rubi. No nariz possui aromas de frutas vermelhas e notas herbáceas. Na boca é um vinho de médio corpo com bom frescor e taninos macios. Ideal com carnes vermelhas, assadas e grelhadas.


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