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Melhor espumante do Cone Sul é brasileiro


Da Serra gaúcha para o mundo, os espumantes brasileiros têm contemplado as taças dos consumidores com produtos de qualidade cada vez mais apreciada, com crescente referendo internacional. Prova disso é que o melhor espumante do Cone Sul, neste ano, tem rótulo assinado pela Cooperativa Vinícola Garibaldi. O espumante Garibaldi Moscatel recebeu medalha Gran Ouro no importante concurso Catad’Or Wine Awards, realizado em Santiago, no Chile.

O potencial do Brasil como país produtor dessa variedade de bebida tem chamado a atenção do mercado global – reconhecimento que coroa um trabalho árduo em busca da excelência. No caso da Cooperativa Vinícola Garibaldi, esse desempenho, resultado de conhecimento, tecnologia e inovação – tríade que norteia o trabalho desenvolvido pela marca em seus 87 anos de história – reflete a expertise da Cooperativa na elaboração de espumantes e, em especial, o moscatel.

“É um processo contínuo, que exige planejamento e dedicação, desde o aproveitamento do terroir específico de nossa região, acertadamente conhecida como “terra do champange”; passando pelo o cuidado de orientação junto às famílias associadas, o recebimento e a seleção das uvas e o uso de tecnologia de ponta para as etapas de vinificação e envase. Portanto, o título de “Melhor Espumante do Cone Sul” coroa esse trabalho, provando que a Serra gaúcha tem ótimas condições para a produção da variedade moscato – um equilíbrio que a Cooperativa Garibaldi encontrou e sabe explorar cada vez melhor”, avalia o presidente Oscar Ló.

Com foco na elaboração de espumantes, uma equipe de agrônomos e enólogos atua próxima aos associados, passando informações sobre necessidades particulares para o cultivo de cada variedade de uva. “No caso do espumante Moscatel, focamos em uvas moscato específicas para dar origem a uma bebida mais aromática – característica marcante nesse produto. Além disso, orientamos os produtores para que priorizem variedades mais resistentes ao nosso clima, garantindo melhor desempenho de safra mesmo em anos mais difíceis. Assim, recebemos uvas com ótimo equilíbrio de acidez e açúcar para produzirmos bebidas que conquistam os mais diversos paladares”, explica o enólogo Ricardo Morari. “Geralmente se pensa que o espumante Moscatel é um produto mais simples, mas buscamos valorizar ao máximo o potencial da uva moscato para que a bebida tenha aromas agradáveis e ótima cremosidade em boca. Acredito que esse seja nosso grande diferencial para conquistar o título de melhor espumante do Cone Sul em um concurso tão importante como o Catad’Or Wine Awards, que existe há 23 anos”, completa.

Da poda ao envase

O trabalho inicia com o acompanhamento das famílias desde a poda nos vinhedos, entre os meses de julho e agosto, quando a equipe já pré-determina o quanto a videira vai produzir. Assim, pode-se estipular uma quantidade racional por hectare, evitando excessos. Após essa etapa, quando a planta volta ao ciclo de atividade com brotagem e florescência, é feito um acompanhamento dos tratos culturais, como cuidados fitossanitários e poda verde. “Esses cuidados tornam o acompanhamento das videiras mais preciso, resultando em uvas mais sãs e aromáticas. Na safra 2018, por exemplo, tivemos uvas com qualidade diferenciada, mais maduras – ideais para produzirmos espumante Moscatel doce e estruturado”, destaca Morari.

O passo a passo nos vinhedos encerra entre o final de fevereiro e início de março, com a colheita das uvas moscatéis. Chegando à vinícola, a equipe trabalha com as uvas em um ambiente reduzido, isto é, sem contato com oxigênio. Essa condição se mantém nos processos de prensagem, clarificação, filtração e estabilização do mosto – evitando, portanto, oxidação e perda dos aromas e qualidade do produto.

Tecnologia de ponta

A prensagem é realizada em equipamentos com tecnologia italiana que permitem uma preparação mais eficiente da primeira fração de mosto – que é a utilizada no Moscatel. A conclusão se dá com clarificação e filtração, realizadas com tecnologia de ponta para conservar o padrão do mosto ao longo do ano. Tanto cuidado do início ao fim da produção, aliado ao suporte tecnológico, também permite que a vinificação ganhe mais agilidade. “Tem-se em mente que o espumante precisa alguns longos meses de fermentação para estar pronto para o mercado, mas no caso do Moscatel isso é um pouco diferente, pois é uma bebida em que os aromas primários são preservados. Por isso, neste ano engarrafamos parte da produção em pouco mais de um mês com o mesmo padrão de qualidade”, garante o enólogo.

“A tecnologia é primordial para garantir a qualidade dos espumantes desde o cultivo das uvas até a elaboração das bebidas. Além do conhecimento humano, que é muito importante, a Cooperativa Garibaldi não para de investir em novos equipamentos, tanto que estamos sempre em busca melhorias para a produção do início ao fim”, acrescenta o presidente.

A importância do terroir

Segundo dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), a Serra gaúcha responde por cerca de 85% da produção nacional de vinhos, aproveitando o solo basáltico e o clima temperado, úmido e com noites amenas para cultivar uvas com personalidade forte. Esse conjunto de fatores é explorado pela Cooperativa Vinícola Garibaldi para a produção de diversos tipos de vinho, especialmente o superpremiado espumante Garibaldi Moscatel. Para isso, o principal polo produtor de uvas moscato é o município de Garibaldi, mas famílias associadas de outras localidades da região também apostam na variedade em seus vinhedos.

O Melhor Espumante do Cone Sul

Elaborado pelo processo Asti, o Garibaldi Moscatel possui coloração clara com reflexos esverdeados e aspecto brilhante, além de ótima formação de perlage. No olfato, aromas com notas de melão, maçã verde, flores brancas e um toque de mel são mais marcantes. Em boca, acidez e açúcar equilibrados garantem suavidade e refrescância. Preço médio: R$ 33.


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